Meu primeiro porre foi aos 13 anos, mas não tive muitos incidentes com a bebida durante a adolescência e a juventude.  Casei cedo e tinha uma vida sem álcool. Foi aos 30 anos, junto com uma depressão, que encontrei na bebida um alívio imediato para todas as angústias que faziam parte de mim.  Eu bebia todas as noites, já não conseguia relaxar e dormir sem as minhas doses.

 

Em 2015, meu marido faleceu de forma trágica e traumática e a partir dali comecei a beber destilado o dia inteiro - queria me entorpecer mais rápido e com menos garrafas; aliviar a angústia e a depressão.  Em três anos estava completamente fora de controle.

 

Foi em 2019, por conta de um acontecimento específico, que uma de minhas irmãs pediu que eu buscasse ajuda.  Eu fui por medo do que minha família poderia fazer caso eu não fosse, porém não tinha esperança alguma que Alcoólicos Anônimos pudesse me ajudar.  Eu achava que só conseguiria parar de beber se entrasse num longo coma ou morresse.

 

O meu ingresso se deu em 6 de agosto daquele ano, nunca desisti de fazer parte da Irmandade que tanto amo.  Estou há nove meses sem interrupções.

 

Com o advento do online, estou podendo participar de reuniões que melhor se adequam aos meus horários.  E hoje coordeno uma reunião de composição feminina para estar perto de tantas companheiras que estão chegando.  

 

A.A. é a minha vida.  Não há outro jeito de viver em recuperação e sobriedade.  Levar a mensagem é o meu propósito de vida.