A primeira vez que bebi foi numa festa de debutantes.  Eu experimentei o ponche servido, e não queria parar mais.  Na saída da festa, minha mãe teve que me colocar à força dentro do carro e, mesmo assim, eu saltei do carro em movimento para voltar à festa e continuar bebendo.  Eu sabia que não tinha bebida em casa.

 

Quando bebi pela primeira vez, a sensação de que eu era feia e que ninguém gostava de mim foi embora.  Voltei a beber novamente aos 18 anos, quando entrei na faculdade. Eu sempre fui compulsiva com a bebida, nunca bebi normalmente; bebia para me sentir melhor e para lidar com meus sentimentos.  Com o passar do tempo eu já estava usando a bebida para tudo: lidar com momentos bons e momentos ruins, para viver e quando queria morrer.  Mas, só comecei a achar que bebia de forma estranha quando não conseguia ficar sem beber para ir trabalhar. E depois de um apagamento, quando dormi com um cara que não conhecia e não me lembrava como isso tinha acontecido.