Instituições Correcionais


Alcoólicos Anônimos é uma irmandade de pessoas cujo propósito primordial é permanecer sóbrios e ajudar outros a se recuperar do alcoolismo.  O único requisito para ser membro é o desejo de parar de beber.  O trabalho de A.A. é feito voluntariamente por seus membros.
 
A.A. não possui nenhuma autoridade central e quase nenhuma organização estrutural.  Mantém em funcionamento um Escritório de Serviços Gerais (ESG) em São Paulo, Capital, que atua principalmente como um banco de informações, e escritórios centrais ou intergrupais locais.
 
Administradores, membros de A.A. e reclusos interessados em iniciar um novo Grupo de A.A. para pessoas presas, em instituições correcionais, recebem ajuda do ESG, onde podem ser adquiridos os livretos mencionados abaixo, entre outras publicações de Alcoólicos Anônimos.
 
A.A. em Instituições Correcionais
Já existem Grupos de A.A. no interior de mais de mil instituições correcionais, nos Estados Unidos e Canadá.  Cada Grupo de A.A. possui um acordo local com os administradores da prisão, da colônia penal ou da cadeia, e com os Grupos de A.A. da vizinhança.
Quando o mais recente questionário foi enviado aos administradores de instituições correcionais onde há Grupos de A.A., houve 278 respostas, sendo que 208 (cerca de 75% do total) vieram de instituições estaduais para homens, 19 respostas vieram de instituições federais, 14 de instituições para mulheres e 9 de instituições para jovens.  Havia também um pequeno número de instituições correcionais municipais.
Em todas as instituições pesquisadas havia pelo menos um Grupo de A.A..  O número de Grupos de A.A. por instituição alcançou uma média de 1,25, e uma prisão informou ter 10 Grupos.  A frequência às reuniões de Alcoólicos Anônimos era voluntária em 90% das instituições correcionais.
Uma descoberta significativa é a opinião dos entrevistados de que 50% de todos os internos foram setenciados por crimes nos quais o abuso do álcool era um fator importante.  Essa percentagem parece ser um pouco maior entre internos em instituições para jovens transgressores.  Cada instituição, entretanto, relatou uma larga margem de variação nessa percentagem.
Os administradores de instituições correcionais parecem achar promissor o programa de Alcoólicos Anônimos para aqueles que assistem às reuniões.  Em torno de 96% dos entrevistados sentiram que a chance de recuperação dos internos junto à sociedade "lá fora" foi aumentada pela participação no programa de A.A. e 90% consideram que o programa de A.A. contribui para os objetivos da instituição.
 
Grupo em Prisões
As condições sob as quais um Grupo de A.A. em prisão funciona são estabelecidas pela administração.  Esses regulamentos são incioláveis, tanto para os visitantes quanto para os internos.
De uma maneira geral, os membros de A.A. de Grupos de fora da prisão, da vizinhança, apadrinham os Grupos em instituições correcionais e trabalham com o pessoal designado pelos administradores, assim como com os servidores do Grupo de A.A. "de dentro".
Quando um Grupo de internos atravessou seus estágios iniciais de desenvolvimento, ele se parece muito com qualquer outro Grupo de A.A..  A não ser para visitas programadas do padrinho de A.A. e de oradores de A.A. "de fora", não há necessidade de existir qualquer "tráfego" extra na operacionalidade de um Grupo interno de A.A..
 
Alvarás de Soltura e Liberdade Condicional
O propósito final de um Grupo de A.A. interno é o de fortalecer uma sobriedade que o membro do Grupo em questão poderá levar consigo em seu retorno à sociedade.
A experiência tem demonstrado que se a pessoa posta em liberdade dirige-se logo a um Grupo de A.A. externo, essa pessoa tem grandes probalidades de permanecer sóbria - e em liberdade.  Contudo, se a visita ao A.A. começa a ser adiada por quaisquer razões, por exemplo, até "se acostumar", então as chances são de que jamais chegue ao A.A..
Alcoólicos Anônimos pode ajudar a diminuir esse risco.  Antes que a pessoa presa seja posta em liberdade de fato, geralmente há tempo para se fazer contato com o A.A. do lugar onde essa pessoa pretende ir morar.  Então o padrinho interno de A.A. e os contatos externos de A.A. têm condições de garantir quase sempre uma calorosa recepção de boas-vindas à pessoa recém-saída da prisão, não como ex-prisioneira, mas sim como companheira de Alcoólicos Anônimos.
 

UMA MENSAGEM AOS ADMINISTRADORES DE INSTITUIÇÕES CORRECIONAIS, direitos autorais A.A.W.S., traduzido e publicado pela Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil, 1995.  Toda literatura de Alcoólicos Anônimos pode ser adquirida nos grupos e nos escritórios de A.A. e no site da JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil
 
INFORMAÇÃO CORRELACIONADA