Profissionais da Saúde


A.A. COMO UM RECURSO PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
 
 
Os que os membros de A.A. dizem
 
Nós, os alcoólicos, somos homens e mulheres que perdemos a capacidade de controlar nossa bebida.  Sabemos que o verdadeiro alcoólico jamais reassume o controle.  Todos nós achamos, algumas vezes, que estávamos readquirindo este controle, mas, após tais intervalos - em geral breves -, o controle era ainda menor, o que acabava, inevitávelmente, levando-nos a uma lamentável e incompreensível desmoralização."
(ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, "Mais sobre o alcoolismo", 2019, Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil)
 
"A explicação que parece ter sentido para a maioria dos membros de Alcoólicos Anônimos é que o alcoolismo é uma doença progressiva que nunca pode ser curada.  Como algumas outras, porém, pode ser detida.  Indo um pouco mais longe - muitos membros de A.A. acreditam que a doença representa a combinação de uma sensibilidade física ao álcool com uma obsessão mental pela bebida que, apesar das consequências, não pode ser superada somente pela força de vontade."
(PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A.A., "O que é o alcoolismo?", Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil, 2018)
 
Os médicos que estão familiarizados com o alcoolismo estão de acordo com o alcoolismo estão de acordo em que não há como converter um alcoólico em um bebedor social.  A definição do alcoolismo, segundo a Sociedade Americana de Medicina de Adicção e o Conselho Nacional sobre o Alcoolismo e Dependência de Drogas, é: "O alcoolismo é uma doença primária, crônica, com fatores genéticos, psicossociais e ambientais que influem em seu desenvolvimento e suas manifestações.  A doença é com frequência progressiva e fatal.  Caracteriza-se por uma capacidade reduzida para controlar a bebida, uma preocupação pelo uso do álcool apesar de suas consequências adversas e deformações na maneira de pensar, sendo a mais notável a negação.  Cada um destes sintomas pode ser contínuo ou periódico."
 
 
A resistência do alcoólico em ser ajudado pode ser frustante
 
Uma vez que a negação do problema é um sintoma próprio do alcoolismo, os alcoólicos tendem a ser evasivos qunado alguém lhes pergunta a respeito de sua maneira de beber, e pode ser que alguns profissionais da saúde não se deem conta de que o alcoolismo está contribuindo para os sintomas.  A maioria dos alcoólicos rebelar-se-á a qualquer sugestão de que Alcoólicos Anônimos seja seu útlimo recurso.
 
Poucos profissionais da saúde têm que tratar de pacientes que se rebelam contra o diagnóstico.  Poucos ouvem afirmações como: " Não sou diabético de jeito nenhum".  Porém, quando um profissional da saúde faz um diagnóstico de alcoolismo, frequentemente o alcoólico responde: "Não bebo tanto assim", ou "Não sou um caso tão grave", ou dá qualquer desculpa pela sua maneira de beber.  Os profissionais da saúde podem esperar e prever esse tipo de resposta.
 
A racionalização e a negação dão parte da doença do alcoólico.  A recusa inicial pelo A.A. é uma parte do mecanismo de negação.  Os membros de A.A., uma vez que tenham superado a negação e hajam se defrontado com os danos causados pela sua maneira de beber, estão especialmente capacitados para ajudar outros a vencer a negação.
 
 
Algumas objetções comuns a respeito de A.A.
 
"É demasiado religioso." - Na realidade, A.A. não é um programa religioso, mas uma irmandade espiritual.  Referimo-nos a um Poder Superior e Deus na forma em que O concebemos, mas a crença em Deus não é obrigatória: ateus e agnósticos encontram bastante companhia em A.A.Alcoólicos Anônimos não está ligada a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento político, nenhuma organização ou instituição.
 
"Eu não quero me levantar e revelar meus sentimentos diante das pessoas." - Nas reuniões de A.A., somente falam os que desejam falar.  "Não quero misturar-me com um bando de fracassados.  É muito deprimente." - A.A. representa, mais precisamente, uma grande variedade de afortunados no sentido de que sobreviveram à doença.  Aqueles que assistem a bastantes reuniões, com certeza, encontrarão pessoas com quem podem se identificar.
 
"Não posso ir lá.  Todas aquelas pessoas estão sóbrias e eu não estou.  Ficaria muito envergonhada." - O único requsito para se tornar membro de A.A. é o desejo de parar de beber.  Os membros que ainda bebem são encorajados a continuarem vindo.  Qualquer pessoa que tenha o desejo de parar de beber é sinceramente bem-vinda às reuniões de A.A..  Os alcoólicos sóbrios não vão julgar alguém que não consegue parar de beber, uma vez que o fato de não ser capaz de parar de beber foi o que os trouxe ao A.A..
 
"Não quero que todo mundo conheça meu problema com a bebida." - O anonimato é, e sempre foi, a base do programa de A.A..  Tradicionalmente, os AAs nunca revelam à imprensa, rádio e televisão ou qualquer outro meio de informação pública sua ligação com a Irmandade.  Ninguém tem o direito de quebrar o anonimato de outro membro, em qualquer situação.
 
 
O que alguns profissionais de saúde descobriram; como utilizam esse conhecimento
 
Muitos profissionais da saúde encontraram meios eficazes para encaminhar seus pacientes para Alcoólicos Anônimos.  Um deles disse: "Ninguém sofre mais do que o alcoólico.  Uma vez que consiga tocar a vida de um alcoólico e ajudá-lo a se recuperar, e observe a maravilhosa transformação de uma pessoa atormentada, incapaz e doente (morrendo) em uma pessoa viva, cheia de vitalidade, útil e feliz, você tona-se participante de uma experiência rica, profunda e gratificante.  A.A. é o meio mais eficiente para ajudar um alcoólico a parar de beber".
 
Outro médico sugere que os profissionais da saúde devem assistir às reuniões abertas de A.A., posto que é muito difícil ter confiança suficiente para enviar pacientes a uma entidade sobre a qual tenham poucas informações.
 
Será útil para esses profissionais da saúde terem em mãos uma lista de contatos membros de A.A. dispostos a acompanhar as pessoas à sua primeira reunião.  Sugere algumas perguntas específicas com relação às reuniões assistidas, qual a frequência e se o paciente arranjou um padrinho de A.A. para servir como vínculo com a Irmandade e ajudá-lo a praticar o programa de recuperação.  Quer o paciente sofra de alguma doença do fígado ou uma depressão emocional, o primeiro passo em direção à recuperação é conseguir a sobriedade.  Onde quer que ele ou ela resida, certamente haverá uma reunião de A.A. por perto para ajudar a manter a sobriedade.
 
 
Assistindo à primeira reunião de A.A.
 
Quando os profissionais da saúde recomendam Alcoólicos Anônimos, nem eles nem o alcoólico devem basear sua opinião sobre a eficácia de A.A. em uma ou duas reuniões, mas devem experimentar A.A., tratando de conhecer seu programa de forma integral.  Nesse processo, é importante obter um padrinho, ainda que provisoriamente.  É recomendável, porém não imperativo, que a pessoa assista a sua primeira reunião na companhia de um membro.  A maioria dos principiantes tem muitas perguntas.  O padrinho pode responder a essas perguntas e tranquilizar o principiante, dizendo-lhe que outros têm experimentado a mesma resistência e o mesmo medo de dar o primeiro passo em direção à recuperação.  Compartilhar experiências com companheiros é o único serviço que Alcoólicos Anônimos oferece.  Na maioria dos casos, os profissionais da saúde encontram os membros de A.A. não só dispostos, mas também desejosos de introduzir os recém-chegados no programa de A.A..  O profissional da saúde que trabalha com a cooperação de Alcoólicos Anônimos em sua comunidade encontra-se em uma posição chave para proporcionar orientação, educação e ajuda, em uma área que dará grandes dividendos no que diz respeito à proporção de recuperação de alcoólicos.  Convidamos os profissionais da saúde a assitirem às nossas reuniões abertas e constatar o que o A.A. tem a oferecer ao alcoólico.
 
 
Unidade de propósito e outros problemas além do álcool
 
Alguns profissionais referem-se ao alcoolismo e droga adição como abuso de substâncias ou dependência química.  Não-alcoólicos são, por vezes, apresentados a Alcoólicos Anônimos e incentivados a participarem das reuniões.  Qualquer um pode participar de reuniões aberta de A.A., mas apenas aqueles com problemas de bebida podem assistir a reuniões fechadas.
 
 
Como entrar em contato com A.A.
 
Grupos e Escritórios de Serviços Locais de Alcoólicos Anônimos podem ser encontrados em aa.org.br.
 
Muitos profissionais da saúde pedem à pessoa que estão tratando que entre em contato com o A.A. quando ainda estão no consultório, oferecendo assim uma oportunidade imediata de conseguir ajuda.  Alguns simplesmente incluem A.A. em seu plano de tratamento.
 
O CTO - Comitê Trabalhando com os Outros, por meio de suas comissões podem ser um recurso útil para os membros da comunidade de profissionais da saúde.  Os mebros de Alcoólicos Anônimos podem também ser úteis se o paciente está em uma instituição de tratamento.
 
São muitas as atividades desenvolvidas em cooperação entre as Instituições de Tratamento, Profissionais de Saúde e os membros de Alcoólicos Anônimos.
 

A.A. COMO UM RECURSO PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, direitos autorais A.A.W.S., traduzido e publicado pela Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil, 2017.  A.A. EM INSTITUIÇÕES DE TRATAMENTO, direitos autorais A.A.W.S., traduzido e publicado pela Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil, 2016.  Toda literatura de Alcoólicos Anônimos pode ser adquirida nos grupos e nos escritórios de A.A. e no site da JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil.
 
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